A lapis

Eu costumava escrever sobre o que eu sentia num outro caderno, mas sempre a lapis. Era verde, agora é com o que primeiro me vier à mão direita. Vou escrevendo e vivendo... Vocês, me façam o favor de ir lendo e vivendo!

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Local: Fortaleza, Ceará, Brazil

Eu sou o Danilo. Se vc me encontrou por aqui, visite meu perfil no Orkut para mais detalhes.

19.10.07

Velharias...

Torrenciando
Resisti o quanto pude aos programas TORRENTS. O principal motivo sempre foi o tamanho diminuto do meu HD. Mas desde que aderi à utilização destes programinhas descobri coisas que eu procurava a tempos e não encontrava em lugar nenhum na net. Os dois primeiros downloads foram:

The Doors - Filme de Oliver Stone sobre o famoso grupo californiano estrelado por Val Kilmer incorporando um Jim Morisson exageradamente chapado e doidão, mas mesmo assim muito próximo do que era o próprio quando estava sob a ação de psicotrópicos. Eu tinha esse filme em VHS gravado da TV a cabo, mas como já aconteceu com todo mundo, meu vídeo cassete quebrou e ao invés de consertá-lo, comprei um DVD player.

Um Drink no Inferno - Você gostou de Sin City? Sabia que a dupla responsável por ele, Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, já havia trabalhado junto num filme policial com vampiros? Pois bem, sabia que foi por causa desse filme que a Salma Hayek passou a ter cacife pra estrelar filmes como protagonista? Então nem adianta procurar nas locadoras de Fustaleza por que eu já fiz isso e não tem DVD dele. Enquanto digito isso o download desse filme está em cerca de 95% e depois disso poderei ver quando quiser a cena da Salma Hayek dançando de biquíni com uma jibóia albina e derramando tequila em si mesma. Uhuuu!!!

20 anos depois...
30 de março de 1988. Eu tinha 13 anos, morava em Belém do Pará e fazia acho que a 6ª série. Imberbe, prestes a começar a trabalhar, mas já leitor da (duas vezes) finada revista Bizz e recém-convertido em adorador de The Cure e The Beatles. Nesse dia quando saí do colégio a caminho de casa resolvi parar na loja Gramophone Discos pra tentar ouvir o disco de uma banda que tinha uma música na trilha sonora da novela Mandala com a, ainda nem tanto, tiazona Vera Fischer.

A música em questão era uma balada meio soturna, mas muito bonita, bem diferente das músicas com influência new wave que tocavam nas rádios na época. Perguntei ao vendedor e ele me voltou com um disco (LP de VINIL!!!) de capa preta com uma foto em preto e branco dos integrantes da banda meio sisudos.

Era um álbum simples (aqueles discos de capa dupla) com encarte. Pedi pro vendedor me mostrar a faixa que havia despertado meu interesse só pra ter certeza de que era aquilo mesmo.
Confirmado isso, pedi pra ouvir as outras faixas:
- Põe a faixa 1. Aham... É assim mesmo? Opa, tá melhorando! Bacana, hein?
- Faixa 2... Boa! Pula a 3 que eu já ouvi.
- Putz! Essa 4ª música é bem diferente das primeiras, né? O cara parece meio puto com alguma coisa.
- E a 5ª? Legal... Pianinho, calminha.

Nem ouvi o lado B e me decidi por levá-lo pra casa. Não lembro quanto paguei nem em que moeda foi. Aquele foi meu segundo disco de rock. 30 dias antes eu havia comprado Staring At The Sea do The Cure. Cheguei em casa e ouvi o disco por dias a fio, acompanhando as letras no encarte e treinando meu inglês.

Nessa época eu estava no 2º ano de estudo de inglês. Usei uma das músicas desse disco num trabalho escolar. Antes do fim do ano eu já tinha vários outros discos da mesma banda, inclusive um lançamento posterior que teve inclusive um filme exibido nos cinemas. Eu cheguei a ver o filme, sozinho numa tarde férias, a sala praticamente vazia, eu na 3ª ou 4ª fila, babando...

Quase 18 anos depois daquele dia eu vi a tal banda tocando ao vivo com uma tela maior do que a do cinema no qual eu vi o filme deles. Pensei que fosse me chorar, mas fiquei atônito, abobalhado, pasmo, sem acreditar que eu estava mesmo ali.

Hoje quase 20 anos depois de ter comprado aquele disco da capa preta, recebo a confirmação de que ele será relançado em edição comemorativa com 3 discos (2 CD's de áudio e 1 DVD). Eu até já conheço tudo que virá nessa nova embalagem, mas definitivamente será não só a comemoração de 20 anos do disco, mas também de 20 anos desde que comprei meu primeiro disco do U2.


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1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Cara, eu sou viciado em Vinil, mas nos anos 80 eu era novinho demais para ter poder de escolhe sobre os discos que comprava. Que inveja de você de ter o The Joshua Tree em vinil, mesmo mesmo. É uma das minhas bandas favoritas.

A maioria dos meus "Vinis" são de MPB, herdados dos anos 70, relíquia que meu pai juntou pra mim e que não abro mão nem a pau.

terça-feira, outubro 23, 2007 3:08:00 PM  

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